terça-feira, 30 de agosto de 2011

Decompondo Los Angeles por uma geografia pós-moderna


Los Angeles é fragmentada em grande diversidade o que a torna uma cidade difícil de ser abarcada. É uma cidade global, em parte alguma isso fica mais evidente do que em sua projeção cultural e em seu alcance ideológico, esse ultimo que é em grande parte veiculado pelo cinema. A globalização de sua economia política urbana corre por canais semelhantes, fazendo de Los Angeles, talvez, a epítome da cidade mundo. Segundo Edward W. Para Los Angeles flui o grosso do comercio transpacífico dos estados unidos, uma carga que ultrapassa, atualmente, a do oceano menor a leste e correntes globais de pessoas, informações  e idéias acompanham esse comercio. Essa cidade sustenta a maior concentração de escritórios e repartições burocráticas governamentais dos EUA fora do distrito federal.
           
            Garantir a segurança da costa do pacifico foi o destino manifesto de Los Angeles. Os esforços para garantir o pacifico marcam a historia da cidade, ao redor de Los Angeles há uma grande presença de bases militar centros de pesquisas de armamentos incluindo a sede da NASA. Vale observar a grande quantidade de área ao redor da cidade pertence ou é preservada pelo governo federal.
           
            A região metropolitana de Los Angeles vem se transformando em vários núcleos detentores de grandes parques industriais avançados que dominam tecnologia de ponta, segundo Soja mais de 130 outras cidades e uma profusão de áreas administrativas pelo condado congregam-se frouxamente ao redor da irregular cidade de Los Angeles, num estonteante e difuso mosaico de remendos. Essas cidades agem como novas centralidades concentrando populações e também, ao mesmo tempo como extensões da cidade de Los Angeles não comprometem sua centralidade dominante uma vez que continua sendo a cidade que preside e da identidade a toda a região. A existência de Los Angeles fortalece o surgimento de todos esses núcleos industriai em sua proximidade.   
           
            Los Angeles é uma cidade de grande desigualdade social e de segregação racial isso fica visível nos nítidos zoneamentos étnicos e sociais da cidade. Segundo Soja do centro para a periferia, nas cidades internas e externas encerra um mar metropolitano de comunidades, culturais e econômicas fragmentadas, mas homogeneizadas e confusamente dispostas numa divisão espacial do trabalho e do poder contingente ordenada. Bairros elitizados com bolsões de mansões cujos moradores são na maioria brancos contrastam com bairros pobres de negros, latino-americanos, asiáticos e outras etnias.
           
            Esses bairros pobres suprem a crescente demanda por mão-de-obra nas indústrias da região de Los Angeles, mão-de-obra essa que na maioria das vezes é de imigrantes do terceiro mundo, barata, culturalmente fragmentada e ocupacionalmente manipulável. Segundo Edward W. Soja essa seria a maior concentração desse tipo de mão-de-obra disponível em uma região de primeiro mundo. Esse sistema exploratório potencializa a tão bem sucedida industria da região.

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