terça-feira, 30 de agosto de 2011

Cidade Genérica (Questao 2)


            A cidade genérica é uma cidade em transformação. Seu estrato urbano esta em constante renovação sendo movido por uma lógica funcional que é regida por interesses econômicos inserido em um sistema capitalista avançado. São cidades grandes, populosas, policêntricas, globalizadas, potencias capitalistas de economia super aquecida que exercem grande atração sobre as populações de todo mundo, recebendo um grande fluxo de imigrantes elas desenvolvem uma variedade étnica e cultural muito rica mas, também possuem altos índices de desigualdade social e discriminação racial.
           
            Essas cidades são palco de um conflito espacial, onde o caráter funcional das freqüentes transformações urbanas esbarram-se nas questões históricas e culturais ali existentes, muitas vezes essas transformações urbanas acabam por descaracterizar a região de toda uma cultura que ali se desenvolvera anteriormente criando graves problemas sócio-urbanos. 
           
            Esse processo é evidente em algumas das cidades chinesas que nas últimas décadas sofreram um rápido crescimento econômico e populacional como, por exemplo, Chongping, Houg Kong e Pequim. Essa ultima uma das cidades mais populosas do mundo, cidade histórica milenar, mas também uma cidade de extremo desenvolvimento econômico, durante sua preparação para as olimpíadas de 2008 sofreu algumas reformas onde foram demolidas diversas edificações antigas existentes nos bairros históricos perdendo varias casas do estilo hutongs, Casa construída no período da dinastia Qing que possuem um grande valor histórico.
           
            Do outro lado do mundo podemos citar Los Angeles cidade americana de grande destaque mundial não só por suas aparições no cinema Hollywoodiano, mas também por seu poderoso parque industrial altamente tecnológico. Cidade policêntrica fragmentada, multiétnica e cultural, onde segundo Edward W. Soja se encontram a maior concentração de mão-de-obra imigrante do terceiro mundo, barata, culturalmente fragmentada e ocupacionalmente manipulável disponível em uma região de primeiro mundo. Combustível industrial. Em Los Angeles diversas vezes a paisagens fora alteradas por reformas urbanas, de caráter funcional, pouco ligadas a questão da conservação histórica. E hoje onde residiam prédios do antigo centro histórico de Los Angeles, agora residem grandes rodovias e arranha céus.

            As transformações da cidade genérica bebem no modelo progressista descrito por Françoise Choay em seu livro o urbanismo. No capitulo o urbanismo em questão Choay descreve o modele progressista como um modele onde o espaço urbano é traçado conforme uma analise das funções humanas. Choay também descreve um segundo modelo que contrapõe o desenvolvimento da cidade genérica, o modelo culturalista, que denuncia o desaparecimento da antiga unidade orgânica da cidade, sobre a preção desintegradora da industrialização, onde o foco critico não é mais direcionado a situação do individuo e sim a do agrupamento humano.
           
            No livro A Cidade do Século XIX, Guido Zucconi relata em sua introdução o processo de expansão das cidades européias do séc XVIII ate o inicio do sec XX expondo os acontecimentos urbanos que contribuirão para a propagação das cidades desse período. O desenvolvimento da indústria, a crescente rede ferroviária, a demolição das muralhas entre outros fatores, contribuíram para o crescimento populacional das cidades e para seu respectivo desenvolvimento. Texto fundamental para se entender o processo de formação das cidades modernas e que da uma boa base para o estudo das cidade genérica.
           
            O autor aborda as intervenções de Haussmann na cidade de Paris relatando as primeiras grandes intervenções urbanas da era moderna. A Paris Haussmanniana a exemplo das cidades genéricas são transformadas por um cunho funcional, deixando em segundo plano fatores históricos e culturais. O plano de Haussmann era o de circundar Paris com uma malha de percursos que interligasse os lugares importantes. Para isso destruiu antigas ruelas e edifícios, realocando populações para áreas distantes do centro. 
           
            Kurz em seu livro os Últimos Combates faz uma critica a sociedade automobilística ao consumismo excessivo e ao fetichismo. Fala das alterações econômica e sociais geradas pelo surgimento da ferrovia, do automóvel, da produção em massa e do consumismo. Critica o numero de mortos em acidentes envolvendo automóveis e faz uma analogia desse quadro com uma terceira guerra mundial. E termina falando do declínio da revolução fordista, do avanço da tecnologia, que passa substituir a mão-de-obra causando desemprego e desaquecendo a economia. Essa leitura estabelece a base para uma melhor compreensão do sistema econômico que se encere a cidade genérica.


  Postado por Andre Alkmim Radicchi



Referencias Bibliográficas:

Livros:

CHOAY, Françoise. O Urbanismo.
ZUCCONI, Guido. Novas Tipologias Urbanas.
KURZ, Robert. Últimos combates.

Sites:

http://www.cronologiadourbanismo.ufba.br/apresentacao.php?idVerbete=1265

Indicação de filmes

Confúcio (Confucius) 2010

 

 Sinopse: A história da vida de um dos maiores filósofos do mundo – Confúcio (interpretado por Chow Yun-Fat) e as mudanças políticas em curso na China nos séculos V e VI aC – durante as grandes guerras.

Irmãos de Sangue (Blood Brothers/Tian tang kou) 2007

 Kang, Fung e Xião Hu, três jovens ingênuos, chegam na Xangai dos anos 30 em busca de uma vida melhor. A capital era na época uma cidade moderna , repleta de glamour e violência. Kang é ambicioso e está disposto a atingir seus objetivos. Seu irmão Xião Hu, o admira cegamente. Fung, por sua vez, foi parar na cidade a contragosto e terá que lutar para encontrar seu caminho num ambiente agressivo. Por vias distintas, os três acabam entrando no mundo do crime e começam a se voltar uns contra os outros.

Decompondo Los Angeles por uma geografia pós-moderna


Los Angeles é fragmentada em grande diversidade o que a torna uma cidade difícil de ser abarcada. É uma cidade global, em parte alguma isso fica mais evidente do que em sua projeção cultural e em seu alcance ideológico, esse ultimo que é em grande parte veiculado pelo cinema. A globalização de sua economia política urbana corre por canais semelhantes, fazendo de Los Angeles, talvez, a epítome da cidade mundo. Segundo Edward W. Para Los Angeles flui o grosso do comercio transpacífico dos estados unidos, uma carga que ultrapassa, atualmente, a do oceano menor a leste e correntes globais de pessoas, informações  e idéias acompanham esse comercio. Essa cidade sustenta a maior concentração de escritórios e repartições burocráticas governamentais dos EUA fora do distrito federal.
           
            Garantir a segurança da costa do pacifico foi o destino manifesto de Los Angeles. Os esforços para garantir o pacifico marcam a historia da cidade, ao redor de Los Angeles há uma grande presença de bases militar centros de pesquisas de armamentos incluindo a sede da NASA. Vale observar a grande quantidade de área ao redor da cidade pertence ou é preservada pelo governo federal.
           
            A região metropolitana de Los Angeles vem se transformando em vários núcleos detentores de grandes parques industriais avançados que dominam tecnologia de ponta, segundo Soja mais de 130 outras cidades e uma profusão de áreas administrativas pelo condado congregam-se frouxamente ao redor da irregular cidade de Los Angeles, num estonteante e difuso mosaico de remendos. Essas cidades agem como novas centralidades concentrando populações e também, ao mesmo tempo como extensões da cidade de Los Angeles não comprometem sua centralidade dominante uma vez que continua sendo a cidade que preside e da identidade a toda a região. A existência de Los Angeles fortalece o surgimento de todos esses núcleos industriai em sua proximidade.   
           
            Los Angeles é uma cidade de grande desigualdade social e de segregação racial isso fica visível nos nítidos zoneamentos étnicos e sociais da cidade. Segundo Soja do centro para a periferia, nas cidades internas e externas encerra um mar metropolitano de comunidades, culturais e econômicas fragmentadas, mas homogeneizadas e confusamente dispostas numa divisão espacial do trabalho e do poder contingente ordenada. Bairros elitizados com bolsões de mansões cujos moradores são na maioria brancos contrastam com bairros pobres de negros, latino-americanos, asiáticos e outras etnias.
           
            Esses bairros pobres suprem a crescente demanda por mão-de-obra nas indústrias da região de Los Angeles, mão-de-obra essa que na maioria das vezes é de imigrantes do terceiro mundo, barata, culturalmente fragmentada e ocupacionalmente manipulável. Segundo Edward W. Soja essa seria a maior concentração desse tipo de mão-de-obra disponível em uma região de primeiro mundo. Esse sistema exploratório potencializa a tão bem sucedida industria da região.

Da cidade genérica ao espaço genérico.

Da cidade genérica ao espaço genérico
A cidade construída por Koolhaas em seu livro é destituída de identidade. O arquiteto constrói em seu texto uma percepção de que os símbolos de cidades consolidadas, ou históricas, são apropriados por cada vez mais pessoas, o que cria uma diluição identitária que se reflete na produção contemporânea da cidade, a “persistência da obsessão concêntrica atual faz que todos nós sejamos pessoas de ponte e túnel, cidadãos de segunda classe em nossa própria civilização, privados de nossos direitos por essa tola coincidência de nosso exílio coletivo de um centro.” Restaria, portanto, à cidade genérica uma identidade focada em logotipos.
Os edifícios síntese desta cidade seriam os aeroportos e os hotéis, que cada vez mais se tornam espaços abrangentes e representantes da vida estereotipada de cada aglomeração urbana.
Várias obras de arquitetura vem sendo realizadas na China nos últimos anos. De Ren Koolhaas à Herzog e De Meuron, a galeria de arquitetos que vem modificando a paisagem urbana de Pequim é grande.
Um dos projetos de impacto, que todos aqueles que chegarem à Pequim por via aérea nos próximos anos entrarão em contato, é o novo Terminal 3 do aeroporto de Pequim, projeto do arquiteto inglês Normam Foster.


Projetado na forma de um dragão chinês, ele é o maior terminal do mundo, com mais de 1 milhão de m² de área construída e projetado para receber 50 milhões de passageiros por ano em 2020.

referências bibliograficas: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.121/3444

Londres do século XIX rumo a crise urbana contemporanea (Questão 3)

O século XIX foi marcado pela hegemonia mundial britânica, um período de acelerado progresso econômico-tecnológico, de expansão colonialista e das primeiras lutas e conquistas dos trabalhadores. Foi o ponto auge do capitalismo contemporaneo. A inicio da revolução industrial causou um intenso deslocamento da população rural para as cidades, criando assim grandes massas urbanas (Londres cresceu de 800 000 habitantes em 1780 para mais de 5 milhões em 1880). As massas que tomavam conta das ruas de Londres diariamente para continuo de seu processo manofatureiro, vivendo em péssimas condições de vida, trabalhando em jornadas de até 80 horas semanais e recebendo salarios mediocres (mulheres e crianças também trabalhavam nessas jornadas e recebiam menos ainda). O que não contavam as pessoas mais influentes e poderosas na época, é que, tal amontinado de pessoas pudesse gerar tamanha revolta pelas ruas e que estes mesmos, portassem um mero senso crítico e conhecimento de linguagens políticas, o que provavelmente a principio deve ter sido tratado como algumas badernas pela cidade, se tornou uma grande revolta de classes com um objetivo convicto.
  Pulando do século XIX para os dias atuais, precisamente durante o mês de agosto de 2011, no dia 4 do mês ocorreu uma ação policial visando “combater a criminalidade” em uma comunidade negra (exatamente como temos no Brasil), durante a ação, Mark Duggan de 29 anos foi assassinado, supostamente em um tiroteio com a polícia. Ao dia 6, pessoas do bairro Tottenham (Tottenham é um antigo bairro operário em que metade das crianças vive situação de miséria, segundo dados do governo britânico. Este bairro já foi palco de enormes agitações entre a comunidade e a polícia na década de 80, quando em situações semelhantes, o povo rebelou-se exigindo condições dignas de sobrevivência.) , localizado na zona Norte de Londres, começaram  uma manisfestação até então pacifica contra a policia, questionando sobre a morte de Mark Duggan. Diante da crescente mobilização e das respostas evasivas da polícia o protesto tomou proporções mais avançadas de combate direto à polícia. No dia 9 outros bairros de classe mais pobre aderiram ao movimento (e outras cidades também) criando assim uma grande revolta. A mídia trata tudo como uma grande baderna, um grande ato de vandalismo público, quando na verdade se trata de se trata de uma justa rebelião, visando combater a flagrante segregação social que existe não só na Inglaterra como na Europa de modo geral, e o ascenso das políticas fascistas e de “extrema-direita” adotadas contra os imigrantes, negros e pobres em geral, no esteio da crise econômica do capitalismo.
   As manifestações das comunidades londrinas vêm se somar aos estudantes que há meses têm manifestado seu descontentamento com a situação de precarização no ensino, à revolta do povo pobre das grandes cidades, que têm seus jovens cercados e assassinados impunemente pela polícia.
 
   Em comparação com as revoltas das massas do século XIX podemos ter em prova que as massas reprimidas, com menos acessos, mirorias sociais e pior qualidade de vida está sempre a ponto de uma explosão, podemos concluir que enquanto ouver segregação e uma classe mais reprimida estaremos vivendo sobre uma bomba relógio, apenas aguardando o momento ou pretexto certo, a ponta to estopim, para explodir de vez.
 






 por Alexandre Brandão Martins da Costa


referências bibliograficas:
LONDRES E PARIS NO SÉCULO XIX - O espetáculo da pobreza, Maria Stella Martins Bresciani

http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tumultos_na_Inglaterra_em_2011

http://www.mepr.org.br/noticias/internacional/498-rebeliao-em-londres-contra-as-acoes-do-estado-assassino-de-pobres.html

http://noticias.terra.com.br/mundo/violencia-no-reino-unido/noticias/0,,OI5286096-EI18532,00-Revoltas+em+Londres+revelam+tensoes+sociais+dizem+moradores.html

http://blogdodanieldantas.blogspot.com/2011/08/disturbios-em-londres-representam.html

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Documentário sobre Hong Kong: "Maiores cidades do Mundo com Griff Rhys Jones".

http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=4tn00bgo7O8

Esse documentario mostra Griff Rhys Jones  experimentando um dia de vida na cidade Hong Kong. Ele nos mostra com mais detalhes essa cidade complexa: conhecida pela mistura de antigo e moderno, pelos seus arranha-céus e por seu profundo porto natural, a sua identidade como um centro cosmopolita onde o Oriente encontra o Ocidente se reflete em sua gastronomia, cinema, música e tradições, e onde o consumismo é viver lado a lado do espiritismo. Com uma população de 7 milhões de habitantes e uma área de 1.054 km², é uma das áreas mais densamente povoadas do mundo. A população da cidade é de 95% da chinesa e 5% de outros grupos étnicos. 
 Griff passa diversas experiencias em varios setores na cidade: ajuda a administrar uma barraca em um mercado de aves, vai em uma viagem de ônibus com um grupo de turistas chineses, tem uma luta de água com uma tropa de escoteiros e se junta a crianças em idade para apreder um método único de aritmética mental.

Fontes Bibliográficas:
www.wikipedia.com
www.youtube.com

Postado por Camila Freitas Antunes

A cidade genérica - pós-cidade a ser desenvolvida no local da ex-cidade.


Sze Tsung Leong, cidade de Chongqing, 2003


A cidade é uma junção de cenários sobrepostos, se antes as vitrines estavam com manequins de crianças, balões, e florzinhas coloridas, agora está com peças de vestuário vermelhas, detalhes dourados, adornada de pisca-pisca e festão que emolduram o cenário. É natal, clima nostálgico, época de desejar felicidades ao próximo. Os edifícios são enfeitados cheios de luzes piscando, Papai Noéis, lareiras, pinheiros, gorro, neve, renas, todos os elementos pertencentes a um país de clima frio. As cidades além de terem sua própria cultura, se apropriam de outras, deixando a sensação de que sempre foi assim. Às vezes, uma cidade antiga e única, como Barcelona, ao simplificar excessivamente sua identidade, se torna Genérica. Torna-se transparente, como um logotipo. A Cidade Genérica é sociologia, eventos. Cada cidade genérica é como uma placa de Petri, ou um quadro infinitamente paciente em que praticamente qualquer hipótese pode ser "demonstrada" e em seguida apagada, de forma a não ressoar nunca na mente dos seus autores ou do público. A cidade genérica é a pós-cidade a ser desenvolvida no local do ex-cidade.

referências bibliograficas: http://cidadecenario2.blogspot.com/2011/04/cidades-genericas.html

Especializações: A geografia marxista e a teoria social critica.

No inicio dos anos 70, uma geografia decididamente marxista começou a se formar, a partir de uma súbita infusão da teoria e do método marxistas ocidentais (especialmente europeus, críticos o marxistas criado na antiga UNSS) no introvertido gueto intelectual da geografia moderna anglófona. Logo, a geografia marxista abalou a geografia moderna.  Durante 1970, a geografia marxista continuou periférica ao marxismo ocidental, quase totalmente construída da analise e da explicação geográfica.
Depois de 1980, o ponto de encontro entre a geografia moderna e o marxismo ocidental se alterou, à medida que o fluxo de idéias e influencias começou a mudar rapidamente dos dois lados. Ao chegar mais perto do fim do século, um debate crítico mais amplo sobre a teorização adequada da espacialidade da vida social vai penetrando e questionando tradições estabelecidas no marxismo ocidental, ao mesmo tempo em que vai forçando um reexame nas estruturas da geografia moderna.
A expressão mais evidente desse debate foi a afirmação de uma materialismo histórico geográfico profundamente espacializado que é uma forma de convocação para uma reformulação radical da teoria social critica como um todo, do marxismo ocidental em particular, e também todas as relações fundamentais entre o espaço, o tempo e o ser social.
O marxismo precisa dar conta de uma dimensão tradicionalmente marginal no próprio Marx e no marxismo em geral: o espaço do processo de acumulação capitalista, que inclusive enfrenta muita desigualdade. Não é de hoje que esse é um espaço global, mas a conectividade global contemporânea é de uma densidade sem precedentes.
O espaço socioeconômico, cultural e geopolítico do século XXI é radicalmente diferente daquele do século XX, que foi, acima de tudo, o último século eurocêntrico. O cenário geopolítico do século XXI, por sua vez, é mais aberto e descentralizado, e o poder militar norte-americano, hegemônico desde o desfecho da Segunda Guerra Mundial, está hoje em descompasso com a emergência de potências econômicas, na Ásia mas também na América Latina, e com o surgimento de uma "nova rede de Estados nacionais" e a intensificação das relações sul-sul.
Essa reestruturação, sinal da diminuição das disparidades de influência política e força econômica entre regiões e nações, convivem com o aumento global da desigualdade de renda e com a desarticulação da classe trabalhadora, na qual haviam depositado suas esperanças, não só na teoria, mas também na pratica marxista. Nesse sentido, o que parece que vivemos nesse começo do século XXI é um retorno ao capitalismo liberal do século XIX.



Fontes bibliográficas:
  • EDWARD W. SOJA - Geografias pós-modernas
  • Jornal Folha de São Paulo do dia 28/08/2011


Postado por Camila Freitas Antunes

Hong Kong, uma cidade genérica.


Denominamos de Cidade Genérica aquela que possui um alto grau de autonomia para mudar de acordo com sua própria vontade. Porém, não possui uma identidade fixa e nem uma história, apenas criam novas identidades de acordo com a reflexão da presente necessidade e da presente habilidade que a cidade oferece. A cultura costuma ser bastante miscigenada e suas tradições apresentam resquícios de várias partes do mundo exterior.
Hong Kong é um exemplo de Cidade Genérica. Após viver sobre a administração britânica durante anos, a cidade conseguiu sua regressão a soberania chinesa e se tornou uma região administrativa especial da República Popular da China em 1997, sendo assinada a Declaração Conjunta Sino-Britânica. A declaração estipulou que a região mantivesse seu sistema econômico capitalista e garantia os direitos e as liberdades de sua população por, pelo menos, 50 anos após a entrega da cidade.
O acordo feito com a fórmula “Um país, dois sistemas”, deu continuidade a autonomia de Hong Kong e, desta forma, o território continuou a ser um porto livre e um centro financeiro internacional, e, exceto nas áreas da defesa e da política externa, tem um alto grau de autonomia. Não paga impostos ao Governo central e o seu modo de vida, incluindo a liberdade de imprensa, quase não foi alterado. A autonomia de Hong Kong também se declara em seu próprio sistema legal, moeda, alfândega, leis de imigração próprias e leis de trânsito específicas.
 Devido aos muitos anos vividos como colônia britânica, a cidade não conseguiu criar uma cultura e identidade própria.
Podemos afirmar, portanto, que Hong Kong se caracteriza como uma Cidade Genérica, levando em conta a dificuldade de uma cidade onde moram milhões de pessoas se adaptar ao sistema Chinês mesmo após o fim do prazo vigente da Declaração feita em 1997.

Hong Kong, a cidade em 3d.









Fontes Bibliográficas: 
www.suapesquisa.com/paises/china/hong_kong.htm

Postado por Camila Freitas Antunes

peculiaridades intramuros das cidades genéricas - hong kong




Cada cidade genérica tem uma margem, não necessariamente com água, - também pode ser um deserto, por exemplo -, mas ao menos uma borda onde se encontra com outra situação, como se uma posição próxima à fuga fosse a melhor garantia para sua diversão. Nesta borda os turistas se congregam em torno de um punhado de barracas. Uma multidão de vendedores ambulantes tenta vender aspectos "únicos" da cidade.

referências bibliograficas: http://www.cronologiadourbanismo.ufba.br/apresentacao.php?idVerbete=1265

Urbanismo L.A. - documentário visual




Zameer Basrai foi o arquiteto que idealizou e criou este documentário,  Este é um relato cronológico das idéias desenvolvidas durante o período em que residiu em L.A.
'Los Angeles: Urbanism Alone' é uma obra de arte  que podem ser categorizada livremente dentro das disciplinas de arte, arquitetura e urbanismo. É um comentário visual que aborda  fragmentação do ambiente físico e social na cidade de Los Angeles.
Enquanto a fragmentação tem sido um tema comum para a crítica desta cidade desde os anos sessenta, ela assume uma escala excessivamente abstrata para um indivíduo hoje. Tornou-se uma parte da vida na cidade, parte do imaginário coletivo do povo, e assim foi efetivamente colocada para descansar.
Resumindo, os habitantes de Los Angeles já nem se importam se ela é fragmentada ou não.


Bibliografia: youtube.com


Postado por Pedro Vinícius Lima e Castilho

domingo, 28 de agosto de 2011

Xangai, uma grande metrópole genérica.



Podemos dizer que Xangai é uma cidade genérica, pois é uma cidade sem história, superficial, que originalmente era uma vila com a economia baseada na pesca e no setor têxtil, e só cresceu e ganhou importância no século XIX devido à sua localização favorável do seu porto, e como uma das cidades abertas ao comércio exterior em 1842 pelo Tratado de Nanquim.   A cidade floresceu como um centro de comérciooriente e o ocidente e tornou-se um hub multinacional de finanças e negócios na década de 1930. No entanto, a prosperidade de Xangai foi interrompida devido a tomada lenta de Xangai pelo Japão durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa e após a tomada comunista em 1949 devido à cessação de investimentos estrangeiros, não sendo isso um problema, pois tendo a característica da cidade genérica, pode ser renovada com facilidade, como aconteceu. As reformas econômicas em 1990 resultaram em um intenso desenvolvimento da cidade e, em 2005, Xangai tornou-se o maior porto de carga do mundo.
 Hoje, Xangai é o maior centro comercial e financeiro na China continental e tem sido descrita como o grande destaque da economia chinesa, sendo assim, um grande exemplo de cidade genérica, pois é grande o suficiente para todos e devido a sua facilidade: não precisando de manutenção, se fica muito pequena, simplesmente se expande. 


Xangai é uma das maiores e mais populosas metrópoles da China e do mundo, com uma área urbana de mais de 5000 km² e mais de 20 milhões de habitantes. A cidade está em rápida expansão e os urbanistas traçaram já as linhas orientadoras para o futuro. Esta visão de antecipação pode ser contemplada no Shanghai Urban Planning Museum (Museu do Urbanismo de Xangai), onde foi construída uma colossal maqueta à escala que ocupa a área de 100 m² representando a cidade no ano de 2020.
Museu do Urbanismo de Xangai, maquete representando a cidade em 2020.
Museu do Urbanismo de Xangai, maquete representando a cidade em 2020.


 Fontes bibliográficas:


Postado por Camila Freitas Antunes

sábado, 27 de agosto de 2011

Pequim e sua grande Reforma Urbanística





Foi-se o tempo em que Pequim, antiga capital das dinastias seculares chinesas e sede do poder comunista , era um amontoado de palácios e templos históricos cercado de prédios de inspiração arquitetônica realista soviética, condomínios caindo aos pedaços em estilo BNH e precários hutongs(como se chamam as antigas moradias populares).
Os cerca de US$ 34 bilhões que o governo chinês injetou no projeto das Olimpídas, transformaram a capital da China nos últimos 10 anos em palco do maior e mais ambicioso projeto de reforma urbana no mundo.
Pequim se divide em duas , a tradicional, com construções antigas que retratam a memória da metrópole e em contraste, a cosmopolitana que veio juntamente com os preparativos para as Olimpíadas de 2008 nesta mesma.Trata-se de uma cidade com um grande centro (Tiananmen), mas com centros “regionais” muito bem organizados, em desenvolvimento.


— O processo radical de crescimento econômico da China, acompanhado das
mudanças urbanas em Pequim, transformaram a capital no paraíso dos
arquitetos — diz o arquiteto chinês Xiaodong Liu, do escritório
Crossboundaries Architects, um dos mais ativos da China.



Referências 


-http://habitao-social.blogspot.com/2008/05/pequim-maior-reforma-urbanstica-do.html
-http://fmauriciograbois.org.br/beta/noticia.php?id_sessao=8&id_noticia=293

Postado por Pedro Vinícius Lima e Castilho
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