quarta-feira, 23 de novembro de 2011

4° GRUPO - O tema: Fronteiras e Condomínios. As cidades são Palestina e São Paulo - http://audooutrolado.tumblr.com/

Durante o trabalho o grupo abordou temas relacionados às formas de divisões urbanas existentes no mundo (muros) ao longo da história, seja ele, funcional, cultural ou por status. Essas fronteiras físicas durante os últimos tempos têm se tornado cada vez mais comum em lugares onde os conflitos são algo rotineiro. Isso conseqüência de grande parte da população mundial habitar as metrópoles, gerando novos arranjos territoriais e novos meios de alteração do espaço.  Foram citadas cidades onde há muros dividindo fronteiras, como, por exemplo, o muro da Palestina, o muro de fronteira do México e dos Estados Unidos, o muro criado na favela da Rocinha no Rio de Janeiro. O grupo aprofunda esse assunto falando sobre as cidades de São Paulo e da Cisjordânia.
O Muro da Cisjordânia é uma barreira física que está sendo construída pelo Estado de Israel, passando em torno e por dentro dos territórios Palestinos ocupados, trata-se de uma barreira entre Israel e a Cisjordânia. Esse muro representa um dos conflitos mais marcantes da atualidade. O muro impede a passagem de cidadãos palestinos para áreas israelenses. O governo Israelense afirma que a finalidade do muro é evitar a entrada de terroristas nas áreas israelenses, enquanto palestinos declaram que o muro incorpora partes do território palestino ao território israelense. O muro da Cisjordânia é um sistema de segregação espacial.
Já em São Paulo vemos os muros físicos também, mas lá podemos falar que foi uma divisão urbana por status, ou seja, é o mesmo que segregação sócio espacial. Em um período de 55 anos (1950-2005) a população de São Paulo cresceu 800%. Devido a essa expansão começou uma ocupação das periferias que criaram núcleos centrais próprios, dos quais começaram a surgir os condomínios fechados e loteamentos privados em seus arredores, acabando assim com o conceito de cidade mononuclear. Forjado na idéia de que é possível construir um paraíso exclusivo para poucos e deixar os conflitos do lado de fora, sendo o principal motivo pelo quais as pessoas optam pelos condomínios é a segurança, o que, como nossas cidades já demonstraram, é impossível.
A evolução de ambas as cidades nos fez perceber como de diferentes formas podem existir uma apropriação do espaço e como isso vai interferir na sociedade local e ate mesmo no mundo.

B) O grupo explica sobre divisões urbanas, qual o motivo de sua criação em determinado ambiente e como elas vêm sendo tratadas. É usado contextos mundiais, como o Muro da Palestina e o muro de fronteira do México e dos Estados Unidos, como também é usado contextos brasileiros, como a cidade de São Paulo, com o grande numero de condomínios fechados e a cidade do Rio de Janeiro com o muro criado entorno da favela da Rocinha. Foi abordado pouco o contexto em Belo Horizonte

C) O que mais me chamou a atenção nesse trabalho foi ver que em pleno século XXI as pessoas não conseguem nem mesmo resolver um problema civilizadamente, não conseguem resolver nada mais complexo e é necessário a instalação desses muros que não resolvem em nada os problemas, pelo contrario, só aumenta esses conflitos. Mesmo com a queda do Muro de Berlim em 1989, que separava o mundo capitalista do socialista. A derrubada do muro transformou-se numa espécie de ícone da liberdade e da democracia, mas infelizmente, a lógica de construção de muros como forma de (não) resolver conflitos continua de pé. Até quando a sociedade vai continuar “tampando o sol com a peneira”? Devemos encarar esses problemas de frente e tentar soluciona-los, e parar de tentar esconde-los, pois do jeito que está só vem aumentando ainda mais os conflitos já existentes.
 Condominio e favela separadas por um muro - São Paulo


 Muro Palestina

6º GRUPO - RECONVERSÃO URBANA – FLORENÇA E CONGONHAS - A ALEGORIA DO PATRIMONIO


O grupo desenvolveu o tema sobre Reconversão Urbana. Falaram principalmente sobre Congonhas (Minas Gerias), Florença (Itália)  e seus patrimônios históricos.
É abordado no trabalho a história, a memória e a identidade das cidades e suas então mudanças que ocorrem na sociedade e no espaço, e com isso, as novas estruturas urbanas que vão surgindo com adaptações a partir das novas necessidades da sociedade. Esse aspecto da transformação e novo uso do espaço estão relacionados principalmente ao processo econômico, produtivo que vem influenciando desenfreadamente a maneira de pensar da população e com isso, vem mudando o espaço em que vivem.  Uma vez que o processo de reconversão urbana está intimamente ligado a essa aceleração e direcionamento do crescimento da cidade. As áreas vão sendo cada vez mais valorizadas e os usos antigos já não fazem mais sentido ou não suportam a pressão da especulação imobiliária.
A revolução industrial, a 2ª Guerra Mundial causou grandes transformações na sociedade na maneira de pensar, de agir, de construir, e com isso, consequentemente, a paisagem da cidade foi modificada. Sendo o Patrimônio histórico da cidade uma memória, uma identidade, e uma história e que com certeza deve ser conservado.
Percebe-se que em Florença e Congonhas a formação do espaço sofreu alterações significativas ao longo dos anos. Em ambas as cidades há uma vasta herança cultural, artística, e também novos usos do espaço e das edificações que configuram novos atrativos turísticos além dos já existentes.
Congonhas vive hoje um crescimento industrial muito grande devido a grande exploração do minério de ferro, o que vem gerando uma grande degradação ambiental de suas serras, e pra piorar, a cidade não tem um planejamento futuro para as jazidas quando a exploração chegar ao fim. E pelo visto o governo não se incomoda com isso, prefere a poluição provocada do que a industrialização e todos os grandes retornos financeiros que ela traz  parar.
Florença é a capital da Toscana e também conhecida como o berço do renascimento na Itália. Parecendo um verdadeiro museu a céu aberto, possui presença marcada por gênios das artes, como Michelangelo, Donatello, Leonardo da Vinci e Boticcelli, além de Nicolau Maquiavel e Dante Alighieri no campo literário.
Florença transformou-se numa moderna metrópole de prestação de serviço que, como capital da Toscana, abrigava inúmeros serviços públicos, assumindo também um importante papel como cidade universal e de congresso, centro de moda e centro comercial. A cidade deve à admiração mundial a incomparável riqueza das suas obras artísticas. Tornou-se por isso um centro turístico atraindo milhares de visitantes. A sua imensa herança cultural não é apenas uma bênção; atribui-se também uma importante responsabilidade na conservação e na proteção de obras e monumentos artísticos.
Florença é um exemplo de cidade que vem se revitalizando, sem perder o charme do passado. Ao contrario de Congonhas que vem sofrendo uma grande degradação ambiental sem pensar hora nenhuma na preservação da cidade, pensado apenas em sua industrialização.
A preservação da memória e identidade da cidade através da valorização do Patrimônio Histórico necessita de intervenções arquitetônicas e urbanísticas, consequentemente assim, a qualidade de vida da comunidade é vista como prioridade, guardando sua história e não só pensando apenas nos interesses econômicos e de estratégias da cidade.

B) O grupo faz uma relação entre a reconversão urbana, de como é a evolução natural da cidade e de sua possível modernidade forçada que acontece no mundo. Estabelecendo relações entre grandes cidades do mundo e do Brasil. Como por exemplo, Paris e Belo Horizonte. No decorrer do trabalho é falado com mais ênfase sobre Congonhas e Florença apontando seus importantes patrimônios históricos para a cidade e para o mundo e sobre as transformações ocorridas com o decorrer do tempo.

C) O que mais me chamou atenção nesse trabalho foram as grandes riquezas arquitetônicas que Florença tem, sem duvida, Florença é uma cidade com um dos patrimônios históricos mais importantes, interessantes e maravilhosos do mundo. O que me chamou a atenção também foi que apesar de Florença ser uma cidade em constante transformação, com grande número de jovens, é um exemplo de cidade que vem se revitalizando, sem perder o charme do passado, ganhando um brilho contemporâneo.



Outro ponto que me chamou a atenção foi a falta de cuidado com a cidade de Congonhas, tudo bem que foram criados programas de revitalização de alguns pontos da cidade. Mas a degradação ambiental da cidade devido a grande exploração da minério é absurda. O governo hora nenhuma, pensa em preservar a cidade e nem no futuro dela, pensa só na industrialização desenfreada da cidade. Mas ocorre que, para política, o espaço urbano é, por natureza, objeto de estratégias.

5º GRUPO - Favela e saneamento básico http://oescalimetro.blogspot.com/


 O grupo inicia o trabalho definindo o que é uma favela, são assentamentos humanos espontâneos e não convencionais que ocupam áreas domínio públicos, particulares abandonadas, carentes de arruamento e serviços de saneamento básico. Urbanizada pelas autoconstruções. As favelas são o sintoma da globalização capitalista. Elas não fazem parte de um projeto social que deu errado ou um acidente no processo de distribuição de renda e espaço. Pelo contrário, as favelas são o resultado necessário diante do processo de concentração e centralização da riqueza.

As favelas começaram a surgir com a revolução industrial, pois houve migração em massa do campo para o meio urbano com a nova vida.
Em Belo Horizonte a favela surgiu por tais fatores: êxodo rural, especulação imobiliária, desapropriação dos aglomerados e a falta de planejamento para os operários após o término da construção da capital.
O Morro das Pedras é uma favela de BH, suas primeiras ocupações datam a partir 1935 sem nenhuma infra-estrutura. Entre 1945 e 1971 o lixo retirado da cidade era depositado sem qualquer controle de compactação, drenagem e aterramento. Os moradores contam com escolas, creches, transporte coletivo, postos médicos e policiais.  São atendidos por muitos programas sociais, dentre eles o Fica Vivo. Reinvidica o saneamento básico, iluminação pública e segurança.
O Aglomerado da Serra foi nos anos 40 do século. Grande maioria dos primeiros ocupantes era do interior da Bahia. Em 1980 um grupo de nove advogados reivindicou o terreno no qual sete famílias moravam, os moradores criaram a Associação de Moradores da Vila Nossa Senhora Aparecida/São Lucas com o apoio da UTP (União dos Trabalhadores da Periferia). Eles ganharam a disputa e o terreno foi desapropriado pela prefeitura e doado para a associação. Houve a construção de unidades habitacionais, erradicação de áreas de risco, reestruturação do sistema viário, urbanização de becos e ruas, implantação de parques e equipamentos de esporte e lazer, 5 postos de saúde que atendem as necessidades da comunidade .

O Morro do Papagaio teve sua formação no inicio do século XX. Os primeiros moradores teriam sido descendentes de escravos da antiga Fazenda do Leitão, a qual pertenceu o atual casarão do Museu Histórico Abílio Barreto. A ocupação se intensificou a partir da década de 40 quando muitas pessoas do interior vieram morar na capital. Na época houve muitos conflitos entre os moradores e a polícia, mas os proprietários antigos abandonaram o local permitindo a ocupação. Até a década de 80 o governo não oferecia o mínimo de infra-estrutura à comunidade.  A construção da barragem Santa Lucia foi finalizada no início da década de 70, e a canalização de seus afluentes possibilitou a infra-estrutura necessária para a formação dos bairros ao entorno. O Aglomerado Santa Lúcia conta com escolas, creches, transporte coletivo, postos médicos e policiais. E é atendido por vários programas sociais, dentre eles o Fica Vivo.

No Rio de Janeiro a favela surgiu por tais fatores: êxodo rural, especulação imobiliária, crescimento da cidade, com o fim da Guerra de Canudos em 1900 os soldados voltaram e sem salário ocuparam alguns morros no RJ com moradias provisorias, com a reforma Pereira Passos em 1902 houve a modernização do centro da cidade e com isso a desapropriação de cerca de 600 prédios (bota abaixo).

A “Cidade de Deus” surgiu na década de 1960, com a transformação do Distrito Federal em Estado da Guanabara, o Governador Carlos Lacerda implementou uma política de remoção das favelas situadas na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, além. Para isso, autorizou a construção do conjunto habitacional na baixada de Jacarepaguá. Os moradores transferidos para a Cidade de Deus provinham de 63 favelas diferentes. Atravessada pelo rio Grande, a Cidade de Deus passou a ter um crescimento interno desordenado, observando-se um processo de favelização ao longo dos canais. Em 1997, com a inauguração da “Linha Amarela”, a Cidade de Deus seria dividida: de um lado os Conjuntos Margarida, Gabinal, etc. e, do outro, o restante das antigas glebas, sendo as duas partes interligadas por passarelas. Em 2003 surgiu o Comitê Comunitário da Cidade de Deus. Em 2009 passou a ser atendida pela segunda UPP (Unidadede Polícia Pacificadora) da cidade.
E foi inaugurado no dia 15 de Setembro de 2011, o primeiro
banco comunitário carioca, na Cidade de Deus.

A rocinha surgiu a partir de 1930, com os seus barracos e lavouras.
A comunidade recebeu seus primeiros habitantes, logo após a II Guerra Mundial, vindos de Portugal, França e Itália.
Eles viviam, basicamente, da agricultura e possuíam pequenas roças e vendiam suas produções no povoado vizinho (Na feira da Praça santos Dumond na Gávea). Por isso o nome Rocinha.
Mineiros, baianos e imigrantes da região nordeste, chegados em meados dos anos 50, também fazem parte deste crescimento populacional. Seu maior crescimento deu-se entre as décadas de ‘70 e ‘80, transformando-a em uma das maiores favelas do Rio de Janeiro. Na década de 70, são reivindicados perante ao poder público, saúde, educação, água, luz e saneamento básico. A água e a luz chegam em algumas residências. Na década de 80, surgem as escolas, creches e centros comunitários. É implantado o Centro de Saúde, o Núcleo da CEDAE e a Região Administrativa. O comércio, dos mais variados, cresce a cada dia. Através da Lei 1995 de 18 de julho de 1993, a Rocinha é transformada em bairro e a partir daí, grandes investimentos e empreendimentos começam a compor este universo de hoje. O poder público e os serviços instalados em parceria com empresas privadas oferecem à população todo o tipo de assistência.

As autoconstruções é marcada principalmente pela falta de conhecimento especifico, falta de projeto, baixo orçamento, materiais de baixa qualidade e construção a partir do próprio morador.

O atendimento de água em BH são elevados para a cidade formal, como para os setores subnormais. O aumento no atendimento de saneamento básico, foi de 96,2% para 98,7% na cidade formal, e de 77,7% para 91,4%, nos setores subnormais. O atendimento decresce no sentido dos bairros centrais, para as áreas periféricas, estando as regionais mais distantes do centro (Barreiro, Norte, Pampulha, Nordeste e Venda Nova), em situação de pior atendimento. O atendimento a coleta de lixo também pode ser caracterizado como alto. Porém algumas áreas sofrem com o baixo atendimento.

O RJ foi a terceira cidade do mundo a implantar o sistema de rede de esgoto. Porém isto não a tornou imune dos problemas acarretados pelo processo de favelização. Ocorre que muitas favelas não podem ser beneficiadas pela rede de esgoto, devido as condições em foram construídas.

O Vila Viva é um projeto que engloba obras de saneamento, remoção de famílias, construção de unidades habitacionais, erradicação de áreas de risco, reestruturação do sistema viário, urbanização de becos, implantação de parques e equipamentos para a prática de esportes e lazer. Após o término da urbanização, a área será legalizada com a emissão das escrituras dos lotes aos ocupantes. Além do Vila Viva houve também outras políticas de intervenção:
-Criada em 1971, a CHISBEL ( Coordenação de Habitação de Interesse Social) ,
removeu aproximadamente 48 mil pessoas em favelas de Belo Horizonte.
- O PRODECOM (Programa de desenvolvimento de Comunidades – 1979),
executou programas de urbanização em 11 favelas atingindo cerca de 70.000
mil pessoas.
- O PRÓ- FAVELA ( 1983-1992) atuou como programa de regularização em 17
favelas atingindo 62.000 pessoas
-Em 1986 é criada a URBEL que se tornou a responsável pela urbanização, regularização e titulação fundiária das favelas de Belo Horizonte.
Em Belo Horizonte, os PGEs atenderam 330.043 pessoas das 520 mil que vivem em vilas, favelas ou conjuntos habitacionais, o que corresponde a 63,47% da População. Dentre obras do Orçamento Particpativo estão: a criação da Creche Comunitária, no bairro Cachoeirinha e Abertura da rua no Conjunto Granja de Freitas.

As principais reformas urbanas no Rio de Janeiro buscavam abertura de ruas e
embelezamento.  Foi realizada pelo prefeito Pereira Passos (1903-1906) juntamente com o médico higienista Oswaldo Cruz. A campanha de saneamento contou com a lei da vacina obrigatória. Já o projeto urbanístico objetivava modernizar a cidade segundo moldes de Paris além de incluir o saneamento básico que até então não existia. Utilizava-se a higiene como pretexto científico para proceder à reurbanização no Rio. Pretendia criar no mundo nova imagem para o Brasil, como um país caminhando para a modernidade. A abertura e ampliação de ruas eram com intuito de se adaptar ao automóvel, além de favorecer o acesso ao Porto, já que o Rio era uma cidade portuária. A reforma fez sucesso na época e Pereira Passos acreditava que seria definitiva. No entanto, a cidade é dinâmica e não se pode controlar seu crescimento. Para a realização da reforma, muitos cortiços foram destruídos, ficando assim conhecida como “ bota abaixo” deixando várias pessoas de baixa renda sem residência. Cerca de 20 mil pessoas desabrigadas e 2500 casas demolidas. Com a reforma, o valor dos imóveis do centro aumentou (especulação imobiliária), segregando ainda mais os pobres que não tinham condições de adquirir um imóvel. Os que tinham emprego temporário, e que muitas vezes não podiam arcar com os custos de transporte e compra de terrenos devido suas instabilidades financeiras construíram nas áreas adjacentes do centro, em morros e na beira de rios e lagos com entulho.  Foi o grande marco da segregação sócio espacial no RJ, pois até então, ricos e pobres viviam juntos, com tudo, aconteceu o surgimento de favelas.
O crescimento dos morros começou a incomodar. É como se a cidade fosse um corpo urbano e a favela sua patologia que precisava ser combatida. No final da década de 20, o urbanista francês Alfred Hubert Donat Agache chegou a realizar um plano de remodelação do centro da cidade conhecido como Plano Agache que não foi posto em prática mas resultou na implantação de ruas com a retirada de mais pessoas. A criação do código de obras em 1937 reunia regras de ocupação e construção na cidade que previam a extinção e proibição de formação de novas favelas. No governo Vargas (1930-1945) foram criados parques proletários que abrigariam temporariamente famílias removidas até a construção de conjuntos habitacionais para seu reassentamento. Ao todo, 8000 pessoas foram removidas para três parques proletários, localizados na Gávea, Caju e Praia do Pinto (Leblon). As remoções eram uma forma de reforma estética na cidade, já que as favelas removidas não eram necessariamente as mais precárias, mas sim as localizadas em região de alto interesse imobiliário. Os parques eram utilizados como controle da população ex favelada pois tinham regras rígidas como horário de fechamento dos portões e alto falantes pregando lições morais. Muitas pessoas não foram reassentadas, como era previsto e com o tempo, houve falta de acompanhamento dos parques pelo governo, fazendo com que esses também se tornassem novas favelas. O Programa de Remoções da CHISAM, a partir de 1964 onde juntamente com a COHAB e a Secretaria de Serviços Sociais realizou a retirada de cerca de 80 favelas e 139.218 pessoas. Uma das favelas removidas foi a do
Morro da Catacumba, que ficava no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas. Eram claros os interesses em jogo: Remoção de zonas de alta especulação imobiliária, áreas para alargar avenidas e outros equipamentos urbanos, alavancar o setor de construção civil estagnado desde o final da década de 1950. Muitos por não terem condições de se manterem nos conjuntos, em sua maioria afastada das periferias, voltaram para a favela. Também a falta de acompanhamento do governo nestes conjuntos, fez com que grande parte destes se tornasse novas favelas, como no caso da Cidade de Deus.
O Proface ( Programa de favelas da Cedae) , entre 1983 e 1987, tendo Leonel Brizola como Governador do estado,levou sistemas de água e esgoto a diversas favelas do Rio, além de viabilizar coleta
de lixo. A partir de 1985, também foi iniciado um programa de iluminação pública. A criação da GEAP, em 1993 e da Secretaria Municipal de Habitação(1994), passaram a executar sete programas: Favela-bairro, Regularização de Loteamentos; Regularização Fundiária e Titulação; Novas Alternativas; Vila e Cortiços; Morar sem risco; Morar Carioca; Bairrinho.
A favela-bairro foi criada em 1993, pelo prefeito César Maia, visa melhorias urbanísticas tais como infra-estrutura e acesso a serviços públicos. As melhorias urbanísticas trouxeram uma valorização dos imóveis nas favelas e um aumento do custo de vida local. Como conseqüência, há uma substituição gradual da população residente por outra de maior poder aquisitivo. o programa não atingiu totalmente o objetivo devido carências de políticas sociais de inclusão. Deveriam oferecer ao povo direito de dignidade e oportunidades iguais, pois, a raiz do problema da favela não está na infra-estrutura, mas no sistema econômico que gera excedente coletivo.
Foi criados muros ao redor das favelas sob o pretexto de conter o crescimento das favelas rumo às matas ao seu redor, o governo iniciou um projeto para construção de muros no entorno de favelas, como a Dona Marta, na Zona Sul do Rio. Chama estes muros de “eco-limites”. O projeto prevê que o muro terá cerca de
2800 metros de extensão num total de mais de 11 mil metros de muro.
A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) é um projeto da Secretaria Estadual de Segurança Pública que institui polícias comunitárias em favelas com o objetivo de recuperar territórios antes ocupados por traficantes. As primeiras UPPs foram instaladas nas zonas sul e centro do Rio, e não nas áreas mais violentas o que sugere que o objetivo talvez não seja proteger os moradores da favela, e sim, diminuir a criminalidade dos bairros mais ricos.
A ocupação do complexo do Alemão teve inicio em 28 de novembro de 2010. O governo apresenta uma proposta de transformação do morro em “ponto turístico”. Uma das melhorias feitas foi construção do teleférico com recursos do Pac . A valorização dos imóveis na região do Complexo do Alemão chegou a 50%. “Esse ganho não vem para a população, já que muitas casas não regularizadas são removidas em prol das “melhorias”, o chamado “choque de ordem”, fecha vários comércios populares e há um aumento do custo de vida. Logo os mais pobres são novamente expulsos para áreas mais longes.

Para o grupo o Governo Brasileiro sempre teve ações que tentavam mascarar a existência das favelas, ou fazer parecer que havia feito melhorias nelas. Os interesses elitistas sempre foram mais fortes dado que as remoções e as políticas de urbanização sempre se deram em locais mais próximos de bairros de classe média alta. Não houve ações que atingissem a raiz do problema, nem acompanhamento adequado nos programas criados. Para o problema da favela ser solucionado, é necessário que as políticas públicas realmente hajam de forma a reinserir estas pessoas no mercado de trabalho. No entanto nem a sociedade, nem o governo trabalham com esta intenção.  E que talvez a única solução deva partir dos próprios favelados que se organizando, através de revoluções, partam de forma crítica pressionando o governo e a sociedade.

B) Foram apresentadas pelo grupo a relação que a favela tem com o Brasil e o mundo, mostrando várias favelas existentes no mundo, enfatizando as cidades de Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Foi feito uma breve analise de como as favelas surgiram no mundo, no Brasil e nessas cidades. O grupo aprofunda nos problemas sócio-ambientais e como seria uma suposta solução criada pelo governo para as favelas e  para falta de saneamento básico existente em BH e no RJ. Durante a apresentação vemos diversos programas propostos pelo governo para melhorar a favela, mas infelizmente esses programas têm visado apenas o beneficio da classe media mais alta, ao invés de oferecer ao povo direito de dignidade e oportunidades iguais, pois o principal problema da favela está no sistema econômico que gera excedente coletivo.

C) O que mais me chamou a atenção nesse trabalho foi de como as favelas estão presentes no mundo inteiro e de como o governo não toma nenhuma atitude para que isso seja mudado, as atitudes tomadas até hoje não foram para que esses moradores da favela possam ter uma vida melhor, com o mínimo de infra-estrutura e sim para que possa tornar a cidade mais bela, “escondendo” as favelas, para assim conseqüentemente valorizar as cidades.
Ao pensarmos em favela, já pensamos em criminalidade, sujeira, e não é uma coisa muito bonita de ser vista, claro que isso é um conceito que tem que ser mudado, mas primeiramente tinha que ser pensado nas pessoas que nelas moram, em uma condição de vida mais justa para essas pessoas, mas infelizmente isso é a ultima coisa pensada, o governo gera em torno de interesses dos mais ricos. São interessantes os programas criados, mas quando analisados mais profundamente vemos que não estão trazendo benefícios nenhum para esses favelados, apenas os tiram de um lugar, para mandarem para outro mais longe ainda, gerando outras futuras favelas. Acaba virando uma “bola de neve”.
Se o governo pensasse uma vez na vida primeiro nos mais pobres e menos beneficiados e criasse oportunidades reais para essas pessoas, seria um primeiro passo para melhorar a vida nas favelas.



 A maior favela do mundo no México, com 4 milhões de habitantes.

Resumo das Apresentações do 9º e 10º e 11º grupo

9º GRUPO
Blog http://manourbano01.blogspot.com/
TEMA: Saneamento Basico + favelas e Novos arranjos Territóriais + Vila Viva (BH) e Lagos(Nigéria)
O grupo dividiu o tema em:
- Crescimento de favelas em BH : Onde o grupo abordou a cronologia do crescimento das zonas suburbanas fora da Av. do Contorno durante toda historia da cidade
- Siglas e definições de palavras: criaram uma espécie de mini-dicionário sobre a linguagem abordada por eles em suas análises
- Programa vila viva: fizeram uma explicação resumida do programa, aréa de atuação e a política de atuação da URBEL nas vilas e favelas
- Em seguida apresentaram 2 vídeos propaganda do governo sobre o programa vila viva
- Vilas discutem desapropriação: apresentaram uma reportagem do jornal “O tempo” de 2005 sobre as negociações das indenizações dos moradores das regiões onde passa/passará a linha verde, sobre a importância da obra e acessibilidade ao aeroporto
- A cidade de Lagos – Nigéria – África: fizeram uma apresentação geral sobre a cidade de Lagos, um pouco de história, modelo político, geografico, distribuição urbana e clima.

- Rem Koolhaas - Arquiteto teórico da arquitetura urbana: apresentaram o arquiteto Rem Koolhaas, autor na qual as obras literarias serviram de base para a pesquisa do grupo.

- MUTATIONS - REM KOOLHAAS HARVARD - Project on the city Lagos (HARVARD PROJECT ON THE CITY): nesta etapa fizeram uma análise sobre a obra crítica de Koolhaas sobre a cidade de Lagos

- O desafio de uma Megacidade: analise crítica feita pelo grupo sobre as questões de Lagos e suas mega aglomerações urbanas

- Dividiram a Questão 1 em 2 partes: materiais de Estudo e Base cartográficas : onde relacionaram acontecimentos em Lagos e no programa vila viva de Belo Horizonte fazendo uso de mapas como base.

- Na Questão 2 fizeram a relação do s textos de  F. CHOAY, Guido Zucconi, e M. S. Bresciani com o tema abordado no trabalho

- Questao 3: compararam o texto “Londres e Paris no séc XIX, o espetáculo da pobreza” com diversas  reportages de  acontecimentos no Brasil que retratam que o desenvolvimento econômico não havia contemplado toda a população. Encerrando assim suas postagens no blog.

   Sobre as correlações entre Brasil, BH e Mundo, compararam as intervenções realizadas no Programa Vila Viva de Belo Horizonte com a política de urbanização de favelas em Lagos, considerei o trabalho um pouco “copiado” demais e o tema pouco trabalhado pelo grupo.

    De situação de interesse começarei falando sobre a formação de favelas em BH, achei que o grupo escreveu sinteticamente muito bem, sem muitas delongas. As favelas são e sempre será um problema sério das cidades contemporâneas que devem ser tratadas pelo Urbanista, um bom jeito de começar a entendê-las, é vendo como elas começaram e se expandiram. No caso de Belo Horizonte, por exemplo, desde a construção da cidade já tiveram início as favelas fora do perímetro da contorno ocupadas pela população mais pobre e em sua maioria os próprios operários que vieram para construção da cidade. 

 

     O crescimento desordenado das favelas geram muitos problemas ambientais e urbanos, falta de saneamento, construções irregulares, redução de áreas permeaveis

10º GRUPO
GOVERNANÇA METROPOLITANA – VETOR NORTE VETOR SUL – BELO HORIZONTE
http://bhnorteasul.blogspot.com/

O grupo dividiu o tema em:

- Belo Horizonte, uma cidade planejada com uma planta: apresentaram um vídeo documentário americano sobre o planejamento inicial de Belo Horizonte

- Londres: O que a edição não mostrou!: apresentaram um video com depoimentos sobre os conflitos na inglaterra

-Provos; A história de um grupo de jovens que inventou o espírito de sua época: apresentaram uma crítica sobre o grupo dos “provos” de amsterdam.

- Falando em Hippies: postaram um video dos bastidores de uma fiscalização sobre os hippies da praça sete em Belo Horizonte e faz uma crítica  sobre a “marginalização” dos moradores de rua e “Hippies”.

- Panorama de Belo Horizonte: o grupo apresentou mapas urbanos e topográficos do Curral Del Rei e do Plano Aarão Reis.

-Questao 3:  Fizeram uma análise crítica e histórica sobre as revoltas ocorridas em londres este ano e revoltas do século XIX

-Questão 2: Compararam o surgimento e planejamento urbanistico de Belo Horizonte com as cidades de Londres e Paris

- Rotterdam: falaram um pouco sobre a formação de Rotterdam e de sua história, em seguida sobre seu Zoneamento Urbano, abaixo colocaram como comparação o Zoneamento de Belo Horizonte, falaram de transporte publico e alternativo tambem comparando com os de Belo Horizonte

-Formação do Vetor Norte: explicaram a formação do vetor norte de Belo Horizonte, apresentaram mapa de Caracterização da área do vetor norte e uma tabela de crescimento da população nos municipios do mesmo.

- Vetor Sul; Regiao que cresce sem planejamento: abordaram o crescimento nos ultimos 10 anos do vetor sul do municipio de BH.

    Em correlação de Brasil, BH e Mundo o grupo relacionou Rotterdam em eficiencia de transporte público e diferenciações de Zoneamento com o fraco transporte público de BH. Compararam também o crescimento de Belo Horizonte que partiu de uma cidade planejada para um crescimento desordenado, com Londres e Paris, que apesar de não serem planejadas inicialmente sofrem com o crescimento desordenado também.

   Considerei interessante o post que fizeram sobre os Hippies da praça Sete e da “criação de marginais” que a mídia exerce sobre os moradores de rua, acho válido uma re-discussão sobre os vetos de direitos que o ser humano sofre na sociedade capitalista atual, que deveriam ser básicos como o direito a cultura e o direito de ir e vir, e poder morar onde desejar, onde pode-se discutir também o uso de espaços públicos um tema que considero polêmico.

    Atualmente o ser humano é tão sistematizado com o modelo de vida capitalista quase robótico, programado para, estudar, trabalhar, casar, comprar casa, carros, ter filhos, aposentar e morrer que nem percebe que perdeu varios de seus direitos, por exemplo o de nao seguir essa metodologia e viver nas ruas, muitas das vezes as pessoas viram moradores de rua por simples escolha de seu estilo de vida, mais livre, e fora do modelo básico capitalista.

      

     Um segundo tema de meu interesse foi sobre os “provos” (provocadores) em Amsterdam, movimento de jovens, considerados anarquistas formados nos anos 60 com intenção de debochar das tradições monárquicas holandesas e da burguesia consumista. Apesar de discordar um pouco da critica feita pelo grupo, considerei um pouco “antiquada” (não sei se seria a palavra correta) a opinião deles, mas gostei por desconhecer tal grupo/movimento.

               

     Os “provos” são responsáveis por boa parte da “liberalidade” que existe hoje em Amsterdam, apesar de um parentesco com o movimento hippie, os “provos” não tinham a intenção de mudar o mundo, nem intelectualizar suas ações como os situacionistas.



11º GRUPO
RECONVERSÃO URBANA- bsas – PUERTO MADERO- RIO DE JANEIRO – DOCKLANDS- CARLOS TEIXEIRA

A)

                Segundo o grupo a reconversão urbana é o processo de recuperação e adaptação de áreas urbanas consolidadas subutilizadas, degradadas ou em processo de degradação a fim de reintegrá-las à dinâmica urbana, criando condição e instrumentos necessários para conter os processos de esvaziamento de funções e atividades, repovoando essas áreas de forma multiclassista, tudo isso com respeito as habilidades originais de cada um dos centros, analisadas e pesquisadas no processo de elaboração.

                Para o grupo a globalização influi na cultura da população e conseqüentemente na cidade. Eles cita três características primordiais da Globalização nas cidades que são a fragmentação das áreas de privilégios, o abandono político da realidade social e o crescimento do setor terciário das cidades.

                De acordo com o eles a atual onda de reconvenções portuárias deriva dos privilégio de sua localização geralmente próxima ao centro da cidade da sua capacidades comerciais de lazer e residenciais, e dos espaços vazios que ela possui e que faltam na cidade.

                Em seguida o grupo cita o exemplo de Docklands região portuária localizada no leste londrino onde nos anos 60 as regiões que abrigava antigas docas e galpões entra em decadência e são substituídas através de grandes empreendimento. São transformados em áreas residenciais de alto padrão e com conseqüente instalação de varias grandes empresas. Esses empreendimentos foram feitos sem qualquer planejamento urbano fazendo que a população que existia  migrasse da região.

                O grupo continua a apresentação expondo o exemplo de porto madeira em Buenos Aires  que é um porto construído por Eduardo Madero 1897 e que entra em decadência em 1930 com a construção do Puerto Nuevo. Em 1989 e dado inicio a um resgate desse porto visando eliminar as áreas marginalizadas e ao mesmo tempo criando uma área que simbolizasse a chagada do primeiro mundo em Buenos Aires e onde as empresas publicas recém privatizadas pudesse se instalar. As docas foram revitalizadas e foram instalados diverso prédios contemporâneos na área priorizando a instalação dos escritórios do comercio e das áreas turísticas. Como conseqüência houve expulsão de vários moradores e segregação dos que ali ficaram.

                Mais a frente o grupo cita a Tate Gallery   que se trada da renovação da antiga central elétrica de Bankside em um dos mais famosos museus de Londres.

                Em Seqüência o grupo cita os empreendimentos, públicos e privados, para a recepção dos grande eventos que ocorrerão na cidade nos próximos anos, Copa do mundo e Olimpíadas. Esses empreendimentos tem objetivos de implementar a infra-estruturar, o comercio, os serviços, a cultura e o entretenimento e as habitações da área.

                Por ultimo o grupo fala da reconversão da praça da liberdade na cidade de Belo Horizonte, onde esta sendo gerado um espaço de qualidade e segurança para o desenvolvimento do turismo criando uma marco da integração da cidade com o lazer mas ao mesmo tempo transformado em museus espaços que tinham uso.

B)

                O grupo cita diversões exemplos de reconversões urbanas onde os espaços antigos que caíram em desuso são reinventados e transformando-se em grandes pólos de atração turística lazer e se tronam identidade de uma cidade, isso pode ser visto em todos os exemplos da apresentação,  em Docklands, em porto madeira, no porto do rio de janeiro e na praça da liberdade. é um modo de reinventar o lugar inserindo-o mo sistema capitalista, fazendo-o trazendo lucro, e é excluído tudo aquilo que nele n se adéqua a esse sistema.  

C)

                A reconversão da cidade tem um lado muito positivo onde reinventado-a gera-se  transformam o que estava em desuso em algo produtivo para a cidade, com a reconversão dos lugares criam-se novas áreas economicamente produtivas, lugares mais agradáveis que atraem as pessoas e geram identidade para a cidade.

                Mas em outro ponto de vista destrói o que existia ali ate então. Prejudicando nas maioria das vezes os moradores e os poucos que usavam essas áreas. Essas pessoas acabam sendo indiretamente expulsos dessas áreas por não ter mais condições de viver ali. 

               



                Apesar da exclusão que os antigos moradores da região do porto do rio de janeiro iram sofrer, a reconversão do desse porto muito importante para a cidade. A cidade vai sediar dois importantíssimos eventos e serão necessário lugares como esse para atraírem os turistas e fomentar a economia.

                               Outros benefícios serão trazidos com a reforma do porto.  Haverá a restauração de vários prédios históricos do porto como, por exemplo, a restauração da igreja da prainha e dos galpões antigos. Acredito que esse empreendimento ira trazer para os moradores do rio de janeiro melhorias na infra-estrutura e lazer da cidade.